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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cine-mão retoma as atividades na Uneb

Uneb divulga a retomada das atividades regulares do Cine-mão, projeto de exibição e discussão de filmes da UNEB de Conceição do Coité. Todas as quartas-feiras às 14:00h, você está convidado a assistir a uma sessão de cinema e a conversar um pouco sobre o filme assistido, contanto com a colaboração de um debatedor convidado. Os filmes exibidos são selecionados a dedo, buscando divulgar um repertório cinematográfico que é muito rico, mas pouco acessível. 
Compareça! As sessões são gratuitas e abertas a qualquer pessoa a partir de 16 anos. Então pode levar amigos, vizinhos, colegas, familiares, etc. Venha aprender sobre cinema e com o cinema!

Essa semana, o filme exibido será A Rosa Púrpura do Cairo, uma comédia dirigida pelo famoso diretor Woody Allen. O filme trata de forma leve e divertida sobre o universo cinematográfico e a relação de fascínio das pessoas com o cinema. Confira a sinopse abaixo! 

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Sinopse:
Durante a Grande Depressão americana, a solitária garçonete Cecília (Farrow) é perdidamente viciada em filmes hollywoodianos. Cativada por seu mais novo favorito, “A Rosa Púrpura do Cairo”, Cecília fica totalmente surpresa quando o astro principal (Daniels) repentinamente sai da tela para conhecê-la. Encantada por seu charme, Cecília se apaixona por ele, até que ela encontra o ator de verdade que o interpreta. Enamorada tanto pelo personagem fictício, quanto pelo famoso astro, Cecília luta para estabelecer a linha entre a fantasia e a realidade.
Título Original: The Purple Rose of Cairo
Direção e Roteiro: Woody Allen
Duração: 84 minutos
Ano de Lançamento: 1985
Gênero: Comédia
Pais: Estados Unidos

Leia Mais!

A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen

Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 07/05/2007

Assim são os filmes de Woody Allen: não são super produções; não são hollywoodianos (Hollywood nem sequer gosta dele); são inteligentes; são, em sua maioria, comédias, ou pelo menos são dramas com bom humor; são nostálgicos; neles os homens comuns podem tudo - amam belas mulheres, participam de revoluções, assaltam bancos, revivem “Guerra e Paz”, sentem-se uns Fellinis, são mestres camaleônicos na arte da sobrevivência, mas, antes de tudo fazem reflexões e ensaios magistrais sobre a vida.
E quando o assunto é cinema, Woody Allen tem muito para dizer, como em “A rosa púrpura do Cairo”. Considerado por muitos, e pelo próprio autor, o seu melhor filme, a “Rosa Púrpura do Cairo” compõe com “Broadway Danny Rose” e “Zellig”, a época mais criativa de Woody Allen.
A Rosa Púrpura, no entanto apresenta duas vantagens. Fala sobre o cinema e não tem o diretor como protagonista. O motivo é simples; Woody não poderia ser o galã, pois ele não é galã, é feio e desengonçado, a sua voz é irritante e ninguém o suportaria se não fosse tão inteligente e engraçado. Não poderia ser, também, o marido desempregado e violento, pois é uma pessoa gentil e até frágil. Logo, não há lugar para o ator Woody Allen em A Rosa Púrpura. Tanto melhor, pois ganha o filme em roteiro e direção. E podemos apreciar a grande atriz que sempre foi Mia Farrow, na época casada com o diretor, uma maravilhosa Cecília, meiga e delicada, garçonete que paga as contas em casa e que se intoxica com os sonhos dos filmes de Hollywood, na década de trinta.
É uma época dura, de recessão econômica, onde as tensões sociais se resolvem nos cinemas, templos dos sonhos da época, onde era vendido o glamour das Vênus platinadas, a beleza dos musicais, a aventura dos safáris na África, em oposição à  realidade do dia-a-dia do desemprego, da fome e da falta de perspectivas. Hollywood vendia, simplesmente, o american-way-of-life, o sonho americano da liberdade e da riqueza para os imigrantes que fugiam da opressão no velho continente, onde, aliás, se preparava uma carnificina monumental, um sacrifício bestial, na segunda grande guerra. No intervalo entre guerras, o público cinematográfico sonhava. E Cecília era o arquétipo do espectador da época. Queria penetrar na tela, viver o mundo do glamour.
Mas quem não se encanta com os filmes da época? Quem não gostaria de entrar na tela de um daqueles filmes e viver de sonhos? Em um outro filme sobre a época, Bonnie and Clyde (Por uma rajada de balas – Artur Penn 1967), há uma cena, logo após um assalto, em que Clyde é obrigado a atirar no rosto de uma pessoa; estão num cinema escondidos. Na tela, um filme de Bubsy Berkeley, o mago da coreografia, onde um grupo de dançarinas canta “I want money”. Clyde discute com o comparsa, havia acabado de assassinar alguém. E Bonnie manda-o falar mais baixo, pois está atrapalhando o filme. Bonnie era, também, como Cecília, uma espectadora cheia de sonhos, só que violenta e ambiciosa.
A doce Cecília nunca encontrou um Clyde Barrow, um verdadeiro aventureiro capaz de mudar a sua realidade. Em seu lugar, vê o próprio galã do seu sonho, o jovem aventureiro, Tom Baxter (Jeff Daniels) descer da tela, comovido pela sua presença constante na platéia, para encontrá-la. E a partir desse absurdo, o filme desenvolve várias situações inusitadas, que se resolvem quando o personagem retorna à tela.
Ao fim, vemos Cecília no cinema, assistindo, embevecida, a cena da dança de Fred Astaire e Ginger Rogers, cantando “Heaven, I’m in heaven”, há novo filme em cartaz e podemos continuar sonhando com o céu.

Premiações

OSCAR
Indicação de Melhor Roteiro Original

GLOBO DE OURO
Ganhou Melhor Roteiro

Indicações
Melhor Filme - Comédia/Musical
Melhor Ator - Comédia/Musical - Jeff Daniels
Melhor Atriz - Comédia/Musical - Mia Farrow

CÉSAR

Ganhou Melhor Filme Estrangeiro

FESTIVAL DE CANNES
Ganhou Prêmio FIPRESCI


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