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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cansanção realiza a I Semana municipal de Mandiocultura




A UAPAC e a Humana Povo para Povo Brasil através do Convênio: 743556/2010 convida Vossa Senhoria para participar da 1ª Conferência Municipal de Mandiocultura no Município de Cansanção, com a seguinte Programação:



MÉTODOS DE CULTIVO DA MANDIOCA:

MÉTODOS DE BENEFICIAMENTO DA MANDIOCA

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E COMERCIALIZAÇÃO

GESTÃO DOS EMPREENDIMENTOS



Data: 09 e 10/02/211

Local: Associação Cultural Maringá

Participe.
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Funceb disponibiliza pauta gratuita para os meses de março e abril

A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) disponibilizará, em março e abril, pauta gratuita nos espaços culturais da capital e do interior para apresentação de espetáculos teatrais, circenses e de dança dentro dos projetos ‘Marco do Teatro e do Circo’ e ‘Agendançabril’. Os projetos são promovidos pela Funceb em parceria com redes, cooperativas, grupos e sindicatos de teatro, para celebrar o 27 de Março - Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo - o 29 de abril, Dia Internacional da Dança.




Com a iniciativa, a Fundação apoia atividades teatrais, circenses e de dança, possibilitando acesso do público aos centros de cultura espalhados pelo estado. A programação nos espaços culturais prioriza a participação popular, e os ingressos para os espetáculos não devem ultrapassar o valor de R$ 10.



Para fazer a inscrição, o proponente deverá entrar em contato com a coordenação do espaço cultural, onde deseja realizar o espetáculo, levando ofício contendo a proposta da atividade e datas pretendidas, além de release, fotos, clipping (se houver) e ficha técnica. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (71) 3116-6877 ou pelo e-mail diretoria.espacos@funceb.ba.gov.br.



Espaços culturais em Salvador e no interior



Espaço Xisto Bahia

Cine-Teatro Solar Boa Vista

Casa da Música

Espaço Cultural Alagados

Centro Cultural Plataforma

Centro de Cultura de Lauro de Freitas

Teatro Dona Canô

Centro de Cultura Adonias Filho

Centro de Cultura Alagoinhas

Centro de Cultura Amélio Amorim

Centro de Cultura ACM

Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima

Centro de Cultura João Gilberto

Centro de Cultura Olívia Barradas

Casa de Cultura de Mutuípe

Centro de Cultura de Guanambi

Centro de Cultura de Porto Seguro
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CIA ICARASO DE TEATRO desenvolve projeto de Educação Popular no Território do Sisal

Desde 08 de março de 2009 até a presente data, a CIA ICARASO DE TEATRO, realizou em Araci e em algumas outras cidades, dezenas de peças teatrais, através das Secretarias de Cultura, Turismo, Eventos, Esporte e Lazer; de Desenvolvimento Social; da Saúde e da Educação da Prefeitura Municipal de Araci, estado da Bahia, sendo todas elas de autoria, (exceto “Os Saltimbancos”) e sob a Produção e Direção Teatral de Fernando Peltier, Escritor e Teatrólogo com formação superior – Bacharel em Artes Cênicas – Emac / Ufba.


A Companhia Icaraso utiliza, em suas apresentações, as linguagens das ARTES CÊNICAS e da POESIA, do BRINCAR e do BRINQUEDO, da CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, através de diversas atividades estratégicas (engraçadas, prazerosas e de identidade cultural com o público alvo), ricamente informativas e linguajar de fácil assimilação, sobretudo, quando se trata de um público com nível de informação a desejar ou em formação, a partir das dificuldades no rendimento escolar, numa investida de, instruir divertindo, entretendo, facilitando a concentração e a assimilação, estimulando e adotando, na criança e no jovem, o exercício e o hábito de LER, atitude importantíssima para os seus desenvolvimentos. 
Todas as apresentações são curtas, nunca excedendo de 70 minutos, exatamente para não entediar o público dessa faixa etária com nível exíguo e inquieto de concentração, mas que, em sendo sensibilizado, levará em retorno às suas famílias e comunidades, como agentes multiplicadores, essa façanha grandiosa que é o HÁBITO DE LER, tudo a transcorrer pelas mensagens positivas e fáceis de repassar, em relação aos seus problemas ou suas viagens literárias. 





Talvez a peça mais famosa apresentada pela Companhia seja Pinóquio, com setenta minutos de duração e trata do tema ética.






A Companhia oferece espetáculos em 3 segmentos. Veja o resumo abaixo:


1 – PEÇAS ELUCIDATIVAS, CONQUANTO OS RISCOS SOCIAIS:
Cochilou, Cachimbo Caiu!” – Dengue
Desespero de Mãe 1 – O Que Fizeram com Minha Filha” – Prostituição Infantil e Juvenil
Desespero de Mãe 2 – Drogas, que Droga!” – Drogas
Vida que Vem Melhorar” – Bolsa Família, direitos e deveres
Sinais de Inteligência” – Educação no Trânsito
O Lixo Pode Ser o Bicho!” – Lixo

2 – PEÇAS TEATRAIS INFANTO-JUVENIS DE ENTRETENIMENTO:
Pinóquio”
Os Saltimbancos”
Fuga Num São João”
Auto das Dores de Cristo”
Auto do Presépio de Natal”




3 – OFICINAS:
3.1 - Projeto “Sensibilizar no Infinito!...”
Oficinas de Poesia: Vamos Brincar de Rimar?
Culminância: Labirinto de Poesias / Varal do Poema Cartaz com a produção dos partícipes.
3.2 - “Projeto Vamos Fazer Teatro Fazendo Teatro?”
3.3 - “Projeto Ciranda do Teatro” – As Escolas vão ao teatro assistir “Pinóquio”, com oficinas e atividades antes e após a audição.
3.4 - “Projeto Vamos Brincar de Brincar de Brincar?
3.5 - “Projeto Teatro-Stand” – Manhã ou Tarde de Autógrafos do Livro Teatro Nosso Cada Dia, de Fernando Peltier, onde tem publicada a peça “Pinóquio”, CD e DVD de peças de Fernando Peltier.
3.6 - “Projeto de Contação de Histórias & Estórias”
3.7 - “Quem Tem Medo de Falar em Público?” - para criança ou/e também para o adulto, separadamente – Oratória.




Para conhecer melhor os diversos projetos da Companhia, veja a íntegra dos Projetos desenvolvidos.

Todos os projetos são dirigidos por Fernando Peltier, Bacharel em Direção Teatral / UFBA. Escritor: Poeta, Dramaturgo e, também, Professor de Artes Cênicas; e por Vera Jacobina, Licenciatura Plena em História com Pós-Graduação em Turismo e Desenvolvimento Sustentável / UNEB - Poetisa e Artista Plástica.

Veja aqui um pequeno ensaio com fotos dos Projetos.





Pode-se contatar a Companhia para apresentações através dos contatos abaixo


Endereço: Travessa do Mercado, nº 178, 1º andar, Praça da Nação, Centro. CEP nº 48.760-000
Contatos: fernandopeltier@hotmail.comfernandopeltier@ymail.com – celulares: (75) 9121.0975 – 8144.9468 – 9903.1323 – (74)9191.2242

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Fernando Peltier e a Crônica o "Burro que Vier morre"

Banda de Pífanos Ferreira, cujo líder, fundador, mestre do grupo - pois fabrica as gaitas e repassa ensinamentos, desde a confecção, como já disse, ou em madeira, torneadas, com afinação com cera de abelha na sua embocadura - até como tocá-las, e, óbvio, o seu Maestro. Essa pessoa é José Ferreira, conhecido como Zé de Bilia, porque é filho do finado Bilia (em Serrinha, as pessoas são conhecidas e apelidadas, seja pela filiação, seja pela profissão).
A Banda fora convidada de honra para abrir o Festival de Arte Bahia / Festival Nacional de Dança Contemporânea que se realizou no pomposo Teatro Castro Alves, em Salvador, em 1979.
Assim, saímos de Serrinha para a capital, ainda pela manhã num ônibus oferecido pela Universidade Federal da Bahia, uma das promotoras do evento. No caminho, surgiram pedidos dos tocadores, para que levássemos o grupo para próximo do mar, pois a maioria, nunca tivera a alegria de conhecê-lo. Eu fazia parte da comitiva como produtor.

Haja vista o horário, nós fomos direto para uma famosa churrascaria chamada Minuano, no bairro da Pituba e satisfazendo os tais desejos, após o rega-bofe à base do melhor churrasco, atravessamos a pé as duas pistas da Avenida Manoel Dias da Silva em direção ao mar, ao lado do Clube Português.
Logo na chegada, ouvimos um brado de espanto: “eita, peste, que açudão! Um vexame, quase uma tragédia: alguns, que nunca tinham visto o mar, se atiravam e bebiam sua água provando o seu sabor e gritavam muito admirados: tem sal! Houve possibilidades de afogamentos.
Todo esse momento cheio de muita graça e de empolgação aumentou ainda mais à noite, quando adentraram pela porta da frente do TCA, passando pela platéia lotada com cerca de 1.500 pessoas, a aplaudirem a bandinha que tocava lindo, suavemente, aquele repertório divino que nos leva às origens interioranas, sertanejas, rurais. Desceram da platéia até subirem o palco, tocando e dançando aquele jeito tão gostoso que todo brasileiro tem no pé, na pele, no rosto, no corpo e na alma, cheios de trejeitos e salamaleques. E tome-lhe samba duro, samba-de-roda, e mais cantorias, tudo ao som das gaitinhas de pífanos, das caixas e pratos, para o deleite e a ovação de um público feito de pessoas afeitas a todos os gêneros, formação e bom gosto, mas acima de tudo, de artistas do teatro e da dança, vindos dos mais diversos rincões do Brasil.
Uma festa festejando outra festa, que era a junção dos dois festivais, um nacional e outro estadual.
Finda a apresentação, outras atrações deram prosseguimento ao evento, enquanto os nossos conterrâneos saiam de cena indo até os camarins.
Última etapa da viagem, antes do retorno à cidade de origem: a universidade oferecia uma merenda numa lanchonete em pleno Campo Grande defronte ao teatro e à heróica cabocla. Receberam os tíquetes de alimentação. Só que os nossos heróis, na sua maioria, da roça, não conheciam uma hamburgueria”. Chegaram e não entendiam de saída com era que aquilo funcionava. Passou uma primeira meia hora e eles esperando que alguém lhes servisse. Como isso não acontecia, fui procurado pelo “band-leader”, Sr. Zé, que me pedindo socorro, reclamava:
- Sr. Macaúbas, o negócio lá “tá” feio: tem mais de 30 minuto, que nós “óia” pra cara um do “ôto” e pra cara dos “ôme” da “tar” “lainchonete” e nada de servir a gororoba.
Aí, eu fui ver o que estava acontecendo e lá chegando procurei um dos garçons perguntando-lhe o que era que servia e ele então discorreu pra mim e pra seu Zé, de cor e salteado, como quem reza uma ladainha:
- Hambúrguer, X-búrguer, X-eggbúrguer, X-saladabúrguer, chiken-X-búrguer...
Ali, pareceu que acabara de fundir a cuca do maestro, que se reuniu com seus companheiros a confabularem gesticulando muito. E, solução nenhuma. Àquela altura fui embora, confiando na escolha de cada um do grupo. Passaram à segunda meia hora e novamente, seu Zé foi me procurar com a mesma lengalenga anterior e eu então lhe perguntei:
- Mas o garçom não lhe disse o que tinha pra comer?
- Dizer, ele disse, mas “nóis” “num” entende o palavreado dele.
Novamente me dispus a tentar resolver a questão e mais outra vez, pedi que nos dissesse qual era o “menu” da casa.
Novamente, com muita disposição e segurança, a mesma ladainha:
- Hambúrguer, X-búrguer, X-eggbúrguer, X-saladabúrguer, chiken-X-búrguer...

E eu disse a seu Zé:
- Pronto, seu Zé, veja com o grupo, o que se deseja comer.

Nova e demorada reunião e enfim uma decisão consensual do mestre Bilia para o maître do restaurante:
- “Véio”, “c´uá fome qui nóis tá´qui”... o burro “qui vinhé, morre!

Relato enfim essa história
singela, o quão verdadeira,
jamais pra depreciar ou por inglória
a fazer dos personagens, quaisquer bobeira,

mas, enaltecendo o jeito simples, sutil

e inocente, porém sábio, digno, decente
do povo mais belo e mais quente
do nosso gigante Brasil:
o povo sertanejo do semi-árido
do Território do Sisal,
alegre, artista, contente, sem igual.

Ind´outro dia, fiquei muito triste e abalado, ao saber por uma neta de Zé de Bilia, que ele não mais entre nós conviveria, que ele fora convidado pelo Pai, a ir tocar sua gaitinha de pífano e ensinar essa magia, lá no céu, quiçá pra levar toda sua alegria.
À essa família Ferreira, minhas, enquanto nossas territoriais condolências.
A D. Maria, calejada de sofrimentos, mulher acostumada a dialogar e confessar suas agruras com as rosas do seu jardim e dizem, por aí e eu tiro a Cartola, “Que As Rosas Não Falam!”, todo o meu sentir em memória desse homem, um dos maiores, que conheci e convivi estrepolia & estrepolia, extrapolando musicalidade, o bom caráter e a honradez, de coração e de alma! Ele era um dos que sempre me chamaram de Macaúbas.

“Requiescat in pace, Bilia!”
Fernando Peltier (Artes Cênicas) – Bacharel em Direção Teatral / UFBA. Poeta, Dramaturgo e Professor de Artes Cênicas;



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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Comunidade rural recebe visita de comissão de Alagoinhas


No ultimo dia 31 (segunda-feira) a comunidade de Cajazeiras no município de Conceição do Coité esteve recebendo mais um grupo de visitantes. Desta vez a então fazenda Cajazeiras recebeu a visita de representantes de associações e do poder publico do município de Alagoinhas - Ba. O objetivo do encontro para os visitantes foi conhecer melhor as experiências desenvolvidas pela comunidade de Cajazeiras na área de produção e comercialização de polpa de frutas e confecção de artesanatos. 

A equipe composto por 19 pessoas visitou o grupo de produção Sabores da Terra onde teve a oportunidade de conhecer todo seu histórico e os processos de produção e comercialização, alem de, conhecer alguns projetos executados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Conceição do Coité - SINTRAF na localidade, a exemplo das cisternas individuais e de produção, ambas desenvolvidas em parcerias com o Movimento de Organização Comunitária – MOC e com o Instituto de Gestão das Águas e Clima da Bahia – INGÁ através do Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC). Para a Senhora Anelcir Souza da Silva, coordenadora do grupo de produção este intercambio foi de fundamental importância. “Esses momentos são muito importantes para nós da comunidade e principalmente para o grupo de produção, pois isto vem trazer mais entusiasmo e nos mostra que estamos no caminho certo já que estamos tendo este reconhecimento por parte de outros grupos de fora”.  Afirma Anelcir.

Por Gilcimar Pereira
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Concurso cidade baiana da cultura

As inscrições para o Concurso Cidade Baiana da Cultura 2011, que visa o desenvolvimento social e econômico dos municípios baianos, através da valorização do seu patrimônio e da sua diversidade cultural, podem ser realizadas até 28 de fevereiro. Para concorrer, os representantes dos 417 municípios do Estado da Bahia devem inscrever as suas cidades pelo site www.cidadebaianadacultura.com.br, endereço em que estão disponíveis o regulamento e a ficha de inscrição do concurso.

Promovido pelo Grupo 3 e com apoio da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, a iniciativa surgiu no ano passado com o intuito de realizar a promoção e divulgação das culturas regionais do Estado.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cine-mão retoma as atividades na Uneb

Uneb divulga a retomada das atividades regulares do Cine-mão, projeto de exibição e discussão de filmes da UNEB de Conceição do Coité. Todas as quartas-feiras às 14:00h, você está convidado a assistir a uma sessão de cinema e a conversar um pouco sobre o filme assistido, contanto com a colaboração de um debatedor convidado. Os filmes exibidos são selecionados a dedo, buscando divulgar um repertório cinematográfico que é muito rico, mas pouco acessível. 
Compareça! As sessões são gratuitas e abertas a qualquer pessoa a partir de 16 anos. Então pode levar amigos, vizinhos, colegas, familiares, etc. Venha aprender sobre cinema e com o cinema!

Essa semana, o filme exibido será A Rosa Púrpura do Cairo, uma comédia dirigida pelo famoso diretor Woody Allen. O filme trata de forma leve e divertida sobre o universo cinematográfico e a relação de fascínio das pessoas com o cinema. Confira a sinopse abaixo! 

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Sinopse:
Durante a Grande Depressão americana, a solitária garçonete Cecília (Farrow) é perdidamente viciada em filmes hollywoodianos. Cativada por seu mais novo favorito, “A Rosa Púrpura do Cairo”, Cecília fica totalmente surpresa quando o astro principal (Daniels) repentinamente sai da tela para conhecê-la. Encantada por seu charme, Cecília se apaixona por ele, até que ela encontra o ator de verdade que o interpreta. Enamorada tanto pelo personagem fictício, quanto pelo famoso astro, Cecília luta para estabelecer a linha entre a fantasia e a realidade.
Título Original: The Purple Rose of Cairo
Direção e Roteiro: Woody Allen
Duração: 84 minutos
Ano de Lançamento: 1985
Gênero: Comédia
Pais: Estados Unidos

Leia Mais!

A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen

Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 07/05/2007

Assim são os filmes de Woody Allen: não são super produções; não são hollywoodianos (Hollywood nem sequer gosta dele); são inteligentes; são, em sua maioria, comédias, ou pelo menos são dramas com bom humor; são nostálgicos; neles os homens comuns podem tudo - amam belas mulheres, participam de revoluções, assaltam bancos, revivem “Guerra e Paz”, sentem-se uns Fellinis, são mestres camaleônicos na arte da sobrevivência, mas, antes de tudo fazem reflexões e ensaios magistrais sobre a vida.
E quando o assunto é cinema, Woody Allen tem muito para dizer, como em “A rosa púrpura do Cairo”. Considerado por muitos, e pelo próprio autor, o seu melhor filme, a “Rosa Púrpura do Cairo” compõe com “Broadway Danny Rose” e “Zellig”, a época mais criativa de Woody Allen.
A Rosa Púrpura, no entanto apresenta duas vantagens. Fala sobre o cinema e não tem o diretor como protagonista. O motivo é simples; Woody não poderia ser o galã, pois ele não é galã, é feio e desengonçado, a sua voz é irritante e ninguém o suportaria se não fosse tão inteligente e engraçado. Não poderia ser, também, o marido desempregado e violento, pois é uma pessoa gentil e até frágil. Logo, não há lugar para o ator Woody Allen em A Rosa Púrpura. Tanto melhor, pois ganha o filme em roteiro e direção. E podemos apreciar a grande atriz que sempre foi Mia Farrow, na época casada com o diretor, uma maravilhosa Cecília, meiga e delicada, garçonete que paga as contas em casa e que se intoxica com os sonhos dos filmes de Hollywood, na década de trinta.
É uma época dura, de recessão econômica, onde as tensões sociais se resolvem nos cinemas, templos dos sonhos da época, onde era vendido o glamour das Vênus platinadas, a beleza dos musicais, a aventura dos safáris na África, em oposição à  realidade do dia-a-dia do desemprego, da fome e da falta de perspectivas. Hollywood vendia, simplesmente, o american-way-of-life, o sonho americano da liberdade e da riqueza para os imigrantes que fugiam da opressão no velho continente, onde, aliás, se preparava uma carnificina monumental, um sacrifício bestial, na segunda grande guerra. No intervalo entre guerras, o público cinematográfico sonhava. E Cecília era o arquétipo do espectador da época. Queria penetrar na tela, viver o mundo do glamour.
Mas quem não se encanta com os filmes da época? Quem não gostaria de entrar na tela de um daqueles filmes e viver de sonhos? Em um outro filme sobre a época, Bonnie and Clyde (Por uma rajada de balas – Artur Penn 1967), há uma cena, logo após um assalto, em que Clyde é obrigado a atirar no rosto de uma pessoa; estão num cinema escondidos. Na tela, um filme de Bubsy Berkeley, o mago da coreografia, onde um grupo de dançarinas canta “I want money”. Clyde discute com o comparsa, havia acabado de assassinar alguém. E Bonnie manda-o falar mais baixo, pois está atrapalhando o filme. Bonnie era, também, como Cecília, uma espectadora cheia de sonhos, só que violenta e ambiciosa.
A doce Cecília nunca encontrou um Clyde Barrow, um verdadeiro aventureiro capaz de mudar a sua realidade. Em seu lugar, vê o próprio galã do seu sonho, o jovem aventureiro, Tom Baxter (Jeff Daniels) descer da tela, comovido pela sua presença constante na platéia, para encontrá-la. E a partir desse absurdo, o filme desenvolve várias situações inusitadas, que se resolvem quando o personagem retorna à tela.
Ao fim, vemos Cecília no cinema, assistindo, embevecida, a cena da dança de Fred Astaire e Ginger Rogers, cantando “Heaven, I’m in heaven”, há novo filme em cartaz e podemos continuar sonhando com o céu.

Premiações

OSCAR
Indicação de Melhor Roteiro Original

GLOBO DE OURO
Ganhou Melhor Roteiro

Indicações
Melhor Filme - Comédia/Musical
Melhor Ator - Comédia/Musical - Jeff Daniels
Melhor Atriz - Comédia/Musical - Mia Farrow

CÉSAR

Ganhou Melhor Filme Estrangeiro

FESTIVAL DE CANNES
Ganhou Prêmio FIPRESCI
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Calendário de Apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia 2011

Com o objetivo de organizar as solicitações de apoio e a distribuição de recursos, a Fundação Cultural do Estado da Bahia criou o Calendário de Apoio a Projetos Culturais. O Calendário é um mecanismo de incentivo a projetos e atividades artístico-culturais de interesse público que concede apoios no valor de até R$ 10.000,00, através de recursos financeiros diretos ou de serviços de impressão, passagens aéreas e hospedagem na cidade de Salvador.
Em consonância com as diretrizes da Secretaria de Cultura, são priorizadas propostas realizadas no interior do Estado, desenvolvidas em áreas de maior risco social, relacionadas à capacitação e forma­ção na área cultural ou direcionadas ao público infanto-juvenil.
No ano de 2010, o Calendário de Apoio recebeu um total de 264 inscrições, sendo 156 de Salvador e 108 do interior do estado. Desse total, 55 projetos foram apoiados nas três etapas do Calendário com total de 30 propostas da capital baiana e 24 do interior.
Em 2011, o Calendário terá três etapas. Leia o regulamento e acompanhe as datas para inscrição do seu projeto em http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/calendario/2011/index.html


Fonte: espacosculturais.wordp
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